Resenha - A Outra Vida

Título: A Outra Vida

Autora: Susane Winnacker

Editora: Novo Conceito

Páginas: 272

O mundo de Sherry — de uma hora para outra — mudou completamente. Por causa de um vírus muito contagioso, as pessoas que ela costumava conhecer, e quase todas as pessoas de sua cidade, Los Angeles, na Califórnia, se transformaram em mutantes assustadores. Esses mutantes têm uma força excessiva, são ágeis, o corpo é coberto de pelos, eles lacrimejam um líquido imundo e… comem gente! Portanto, não há muito o que fazer — talvez tentar fugir — quando se encontra algum deles. A não ser que você tenha ao seu lado a força e a determinação de um jovem como Joshua. (...) Será que Joshua e Sherry conseguirão ter a cautela necessária para lutar contra as criaturas justo agora que seus corações estão agitados pelo começo de uma paixão?

A outra vida foi uma das poucas distopias que já li e esse livro me deixou apaixonada pela história, pelos personagens, pela personalidade de cada um, enfim de tudo. Esse livro já estava na minha estante há alguns meses e eu andava dando prioridade para outros, mas quando o peguei e comecei a ler e fui me envolvendo com a trama não queria mais parar de ler, queria apenas acompanhar cada passo de Sherry e de Joshua e torcer para que tudo desse certo para eles ao longo da trama. 

O livro fala sobre a vida de uma jovem que vive em um abrigo durante três anos devido a um vírus que se espalhou pela cidade onde mora, todos os moradores não infectados tiveram de passar a viver refugiados, trancados longe de tudo para que a situação não piorasse ainda mais. Sherry e sua família foram alguns dos sobreviventes, quando foram se refugiar no abrigo estocaram comida o bastante para que não precisassem sair dali por bastante tempo, os mantimentos duraram 3 anos e quando tudo acabou Sherry e seu pai tiveram que sair em buscar de comida para alimentar o resto da família.

"Mil cento e quarenta e um  dias desde que vi o céu e contei as nuvens pela última vez." (pág.26)

Ao sair do abrigo ela se depara com ruas vazias, corpos de alguns de seus vizinhos já em decomposição e uma cidade totalmente destruída. Quando conseguem encontrar comida para levar para casa os dois são atacados por Chorões. Chorão é o nome dado a um humano infectado com o dito vírus. O pai de Sherry é atacado e ela também sem conseguir se defender cai no chão e é salva por outro sobrevivente o Joshua, porém quando volta a procurar por seu pai ele já havia sido levado por um chorão. Agora eu fico tentando imaginar qual seria a minha reação se alguém da minha família estivesse assim entre a vida e a morte e sabendo que naquele momento eu não poderia fazer absolutamente nada para ajudar.

"Esses dois últimos dias haviam sido um inferno. Tudo o que tinha visto, todo o medo - e tantas mortes. Não dava mais para segurar as lágrimas. Detestava me sentir tão frágil, detestava me desesperar. Precisava ser forte para a minha família. Queria ser forte." (pág.185)

Joshua então levou-a para o refúgio onde ele estava abrigado com outros sobreviventes para que pudesse receber o devidos cuidados já que estava bastante ferida, mas só o que Sherry conseguia pensar era que precisava procurar por seu pai e levar o restante da sua família para ficar no refúgio também. A partir daí diversas coisas acontecem e Sherry e Joshua acabam se apaixonando, em meio a toda essa loucura eles conseguem se apaixonar e eu gostei muito do casal, acho que a coitadinha precisava mesmo de alguém assim, depois de passar três anos sem contato com outras pessoa ela merecia alguém que gostasse dela de um jeito um tanto quanto especial e meigo.

"Seus lábios roçaram os meus, as palmas quentes em meu rosto. Nosso beijo teve gosto de sangue e lágrimas. De chuva e poeira. De dor e alívio. Mas, acima de tudo, significava uma promessa. Um voto de que nunca deixaríamos que nada nos acontecesse." (pág.236)

Entretanto, muitas coisas estão em jogo e eles precisam se preocupar em se apressar para sair dali. Existem muitos segredos por trás desse vírus que vão ser revelados e me deixaram um pouco surpresas.